O Xamado

Autora: Laura Bergallo
Editora: Vida & Consciência
Páginas: 128
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Léo, ou Leonardo, é do tipo que só acredita vendo, como ele mesmo afirma logo no início do livro. Quando, durante uma conversa pelo MSN com seus amigos, um tal de José Eleutério entra misteriosamente na sua conversa e afirma precisar da ajuda de Léo para provar que ele não se matou, mas sim foi assassinado, Leonardo tem a certeza de que tudo não passava de uma brincadeira de muito mal gosto por parte de um hacker.

É por causa dessa sua incapacidade em acreditar no Além que Léo, junto com André, Dani e Mari, embarcam em uma investigação para descobrir quem foi que matou José Eleutério, ou melhor, quem foi que hackeou o computador dos quatro adolescentes.

O que eles não imaginavam é que José Eleutério apresenta fatos bastante convincentes de seu possível assassinato e que a lista de suspeitos desse espírito moderno que só se comunica por MSN é maior do que esperavam. A partir de um momento eles começam a se questionar se Jose Eleutério era um hacker ou um espírito.

A autora soube conduzir a estória muito bem, gostei da forma como ela apresentou as conversas no MSN, com gírias e códigos comuns neste tipo de conversa. Outro detalhe que favoreceu o livro foi o dicionário de Internetiquês no final. Achei uma graça! Como diria o Léo: “Que livro maneiro!”. Mesmo com uma narrativa rápida, o leitor não se perde na leitura nem um segundo, pelo contrário, você até acompanha melhor, e o livro, apesar do tamanho, se desenvolve de forma bem cativante.

Este é o primeiro livro da autora Laura Bergallo e da Editora Vida & Consciência que eu leio, e adorei. O livro tem um clima bastante juvenil, com bastante mistério e aventura, narrado em primeira pessoa pelo Léo, bem leve e divertido. O Xamado é recomendado pra todos aqueles que querem descansar a cabeça lendo um livro bem light.

Como é que é? – me perguntei, espantado, José Eleutério? Não convidei nenhum José Eleutério para essa conversa, não adicionei nenhum José Eleutério nos meus contatos. Aliás, nem conheço nenhum José Eleutério. Muito menos um José Eleutério que fala no messeger “Ei, vocês aí, estão lendo o que eu estou escrevendo?”, em ves de “Ei, vcs ae, taum lendo o q eu to escrevendo?”. Coisa mais bizarra... (Página 8)

A essa altura eu j;a estava quase convencido de que o lance do assassinato podia ter algum fundamento. De algum jeito, que não sabia qual, o hacker tinha descoberto que o tal José Eleutério havia sido assassinado. E agora, não sei por que, estava querendo que a gente descobrisse o assassino. Pior que eu também começava a querer. (Página 53)

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